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Vitória de Trump representa risco global, diz agência

17 de março de 2016

Eleição de magnata é uma das dez maiores ameaças para a segurança e a economia mundiais, na avaliação de agência pertencente ao grupo "The Economist". Perigo seria maior que saída do Reino Unido da UE.

USA Vorwahlen in Florida Donald Trump in West Palm Beach
Foto: Reuters/J. Skipper

A possibilidade de que Donald Trump seja eleito presidente dos EUA representa uma das dez maiores ameaças para segurança e a economia mundiais, segundo a prestigiada Economist Intelligence Unit (EIU).

O risco representado pela chegada à presidência do pré-candidato republicano à Casa Branca foi classificado pela agência independente de análise e consultoria, que integra o grupo da revista The Economist, no grau 12 dentro de um índice de ameaça que vai até 20. Atualmente, a maior ameaça global seria uma recessão econômica na China, segundo o último informe da EIU.

A agência justifica a avaliação apontando, em particular, para a atitude negativa de Trump em relação à China, sua rejeição a áreas de livre comércio e seus comentários depreciativos sobre os muçulmanos no contexto do extremismo islâmico.

Especialmente a proposta de Trump para que muçulmanos sejam impedidos de imigrar para os EUA podem, de acordo com a EIU, servir como "ferramenta poderosa para recrutamentos" para grupos jihadistas.

Além disso, a EIU destaca a atitude negativa de Trump em relação ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) e as suas declarações sobre a China, que ele repetidamente tem chamado de "manipuladora de câmbio".

"Sua hostilidade em relação ao comércio livre, seu distanciamento, especialmente em relação ao México e à China, poderiam levar rapidamente a uma guerra comercial", afirma a EIU.

Uma presidência de Trump representaria, segundo a agência, mais risco global que a possibilidade de que o Reino Unido deixe a União Europeia na sequência do referendo sobre a questão, em 23 de junho, ou que um confronto armado no Mar do Sul da China.

Trump, que atualmente lidera a corrida republicana à Casa Branca, classificou imigrantes mexicanos como estupradores e criminosos. Uma das principais promessas eleitorais do bilionário populista é a construção de um muro na fronteira sul dos Estados Unidos. O México faz parte do Nafta, junto com EUA e Canadá.

MD/efe/afp

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