Pelo consumo de alimentos naturais, uma "overdose" de vitaminas é improvável. Mas estudo recente relaciona a ingestão de suplementos ao desenvolvimento de câncer.
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Vitaminas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Elas fortalecem os ossos, os músculos, o sistema imunológico e são essenciais para o metabolismo. Boa parte das vitaminas está em frutas e legumes, mas é possível encontrá-las também em cereais, carnes, peixes e leite. No caso de uma superdosagem, porém, será que elas podem ser prejudiciais?
Pelo consumo de alimentos naturais, uma "overdose" não é possível. Isso poderia acontecer no caso de uma grande ingestão de suplementos vitamínicos. Mesmo assim, é difícil determinar a partir de qual quantidade seria uma superdosagem.
"Com até três vezes o valor recomendado, podemos assumir que estamos seguros. Qualquer coisa além disso é uma zona obscura", diz Hans Konrad Biesalski, professor de química biológica e nutrição da Universidade de Hohenheim, na Alemanha.
A maioria dos materiais em excesso no corpo é, simplesmente, excretada, mas eles também podem levar a diarreia, tonturas ou vômitos. Pesquisadores suspeitam ainda que o consumo exagerado de vitaminas influencie o crescimento de tumores.
Um estudo do Centro de Câncer da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, mostrou que o consumo de doses diárias de suplementos vitamínicos além do recomendado pode aumentar os riscos de câncer.
A pesquisa começou há 20 anos com a constatação de que pessoas que comiam mais frutas e vegetais tinham menos chances de desenvolver câncer. Os pesquisadores queriam descobrir se uma dosagem extra de vitaminas e minerais reduziria ainda mais os riscos.
Tim Byers, diretor associado do centro e um dos participantes da pesquisa, conta que os primeiros resultados, obtidos em animais, foram promissores. Eles passaram a estudar então, por dez anos, milhares de pacientes divididos em dois grupos: os que tomavam suplementos e o que ingeriam apenas um placebo. Mas os resultados não foram bem o que eles esperavam.
"Não temos certeza do que acontece a nível molecular, mas as evidências mostram que as pessoas que tomam mais suplementos vitamínicos do que necessitam têm um risco maior de desenvolver câncer", explicou Byers.
Em doses acima do recomendado, o selênio, por exemplo, ampliou o risco de câncer de pele em 25%. A vitamina E aumentou em 17% as chances de câncer de próstata.
Além disso, tomar suplementos vitamínicos só é útil se o médico detectar a falta de alguma substância. Compensar um estilo de vida pouco saudável com a ingestão de suplementos tão pouco funciona. Na comida, há muitas outras substâncias, além das vitaminas, que contribuem para um corpo saudável.
Byers ressalta que os resultados da pesquisa não devem deixar as pessoas temerosas com a ingestão de vitaminas: "Se tomadas na dosagem correta, suplementos vitamínicos podem ser bons para o corpo. Mas não há nenhum substituído para uma comida boa e nutritiva".
Para os idosos, os suplementos vitamínicos podem ser indicados. Como eles comem menos, acabam absorvendo menos vitaminas. Além disso, com a idade avançada, todo o metabolismo é mais lento, inclusive a produção de vitamina D, feita pela pele.
Regulamentação no Brasil
A indústria brasileira de suplementos faturou 1,1 bilhão em 2013, segundo a Associação Brasileira de dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri). O número ainda é pequeno perto dos mais de 30 bilhões de dólar movimentados nos Estados Unidos.
Quem regula o setor no Brasil é a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Uma portaria de 1998 determina que suplementos vitamínicos e minerais são considerados alimentos e podem fornecer até 100% da quantidade diária recomendada de forma segura.
Esses valores, segundo a agência, são de 10 mg para a vitamina E e 34 mg para o selênio, por exemplo. Nos Estados Unidos, a recomendação é de 15 mg e 55 mg, respectivamente, segundo o Escritório de Suplementos Alimentares (ODS) do Instituto Nacional de Saúde.
Dez regras dos restaurantes na Alemanha
Da leitura conjunta do cardápio à Coca-Cola sem gelo e às gorjetas no banheiro. Confira dez particularidades que você deve conhecer antes de ir a um restaurante alemão.
Foto: karuka/Fotolia
Sente-se com desconhecidos
Nos restaurantes alemães, você provavelmente não será recebido por um funcionário sorridente, que segura um cardápio à porta. O lado bom disso é que é possível escolher a própria mesa. Em pequenos cafés, sentar-se com desconhecidos é comum, portanto, não fique surpreso se um estranho se juntar à sua mesa, especialmente se você estiver sentado sozinho.
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Divida o cardápio
Já que não há "escolta" até a mesa, pode também não haver ninguém para trazer um cardápio. Normalmente, há um ou dois sobre a mesa, e, quase sempre, há menos cardápios do que cadeiras. Portanto, se você for jantar com amigos, é bem possível que seja necessário ler as opções em conjunto.
Foto: Fotolia/Tatyana Gladskih
Não espere atendimento personalizado
Não pense que um atendente irá parar ao lado da mesa assim que você se sentar. Talvez seja necessário, primeiramente, dar uma boa olhada em volta até que haja contato visual suficiente para que você possa fazer o pedido. Geralmente, não há um funcionário específico para cada mesa.
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Não vá com sede
Não há bebida de graça nos restaurantes alemães. Ao contrário de estabelecimentos em outros lugares do mundo, é preciso pagar até mesmo por água, com ou sem gás. E fique atento: a água custa pelo menos o mesmo que uma cerveja.
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Pense antes de tocar
Em muitos restaurantes, pão acompanha a refeição, mas a cesta não é reposta depois de esvaziada. No sul da Alemanha, pretzels e vários tipos de pães costumam ser dispostos sobre as mesas, mas cuidado: o garçom costuma contar exatamente o quanto foi consumido. Por isso, uma inocente mordida poderá aumentar a conta.
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Aprenda a língua do garfo
Se a refeição foi finalizada há meia hora, mas o prato continua sobre a mesa, é provável que você não fale a "língua do garfo". Colocar os talheres na posição 3 ou 4 horas (pense nos ponteiros do relógio) significa que você está satisfeito. Também é um sinal de que seus companheiros de mesa podem roubar o que sobrou no seu prato.
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Não espere gelo na bebida
Cubos de gelo são uma raridade, mesmo para bebidas como Coca-Cola ou Sprite. De acordo com a sabedoria popular, não é saudável consumir líquidos não alcoólicos com temperatura abaixo da ambiente. Enquanto Coca, água com gás, sucos e outras bebidas são servidas mornas, pode ter certeza de que a cerveja estará na temperatura correta — ao menos para o gosto dos alemães e sem cubos de gelo, é claro.
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Leve moedas ao banheiro
Depois de tomar Coca-Cola quente, é muito provável que você precise ir ao banheiro. Não fique surpreso ao ver uma pessoa vestindo um jaleco branco perto de um prato cheio de moedas. Ela está lá para limpar o banheiro e, por isso, espera uma pequena gorjeta, independentemente de quanto custou a comida. Não se esqueça de colocar uma moeda de 50 centavos no bolso antes de deixar a mesa.
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Prepare-se para dar sua opinião
Os garçons alemães são treinados para perguntar sobre a satisfação do cliente quando tiram a mesa. Pode parecer não muito prático, uma vez que o jantar já terminou e nada mais pode ser feito para melhorá-lo. A resposta correta para "estava tudo em ordem?" é "bom". Se você responder "horrível", esteja preparado para receber um mero e educado aceno com a cabeça em troca.
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Cuidado com as gorjetas
Num país estrangeiro, a hora da gorjeta pode levar turistas a cometer gafes. Na Alemanha, a conta geralmente é arredondada. Destinar 5% a 10% do valor total é praticamente uma regra. Por uma refeição que custa 36,40 euros, é normal pagar 38 euros, caso você esteja satisfeito com a comida e o serviço, 39, se você precisar de um euro para o banheiro, ou 40, se você não quiser carregar o troco.