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Vocalista do Eagles of Death Metal defende porte de armas

17 de fevereiro de 2016

Jesse Hughes afirma que a rigorosa legislação francesa sobre porte de armas não tem nada a ver com o ataque terrorista de 13 de Novembro, mas questiona se ela ajudou a impedir alguma morte no Bataclan.

Foto: Getty Images/K. Winter

O vocalista da banda Eagles of Death Metal, que tocava no Bataclan, em Paris, quando jihadistas abriram fogo contra o público em novembro passado, defendeu o porte de armas e disse que todos devem ter acesso a elas.

O músico Jesse Hughes deu uma série de declarações nesta terça-feira (16/02), pouco antes de a banda regressar à capital francesa para se apresentar diante de centenas de sobreviventes dos atentados de 13 de Novembro, que deixaram 90 mortos.

Hughes ressalvou que as severas leis de controle de armas da França "nada tinham que ver" com o ataque terrorista, mas questionou se o controle de armas impediu alguma pessoa de morrer naquela noite, no Bataclan. "Se alguém puder dizer que sim, eu gostaria de saber, pois eu não penso assim."

"Acho que a única coisa que impediu [mais mortes] foi que alguns dos homens mais corajosos que já vi na vida encararam a morte de frente empunhando as suas armas de fogo. Sei que as pessoas discordarão de mim, mas Deus fez o homem e a mulher e, naquela noite, as armas os tornaram iguais", disse o músico de 43 anos à estação televisiva francesa iTélé.

O vocalista afirmou que enquanto as armas não forem abolidas, todos precisam tê-las, ou seja, ou ninguém tem ou todos têm. "Até que ninguém tenha armas, todos devem tê-las."

Hughes, que é membro do influente lobby americano das armas, a America's National Rifle Association, e apoia o pré-candidato republicano Donald Trump, disse à agência de notícias AFP: "Já não vou a lugar algum nos Estados Unidos sem uma arma. Isso é horrível. E eu não sou paranoico, não sou um caubói, só quero estar preparado."

Em 13 de novembro de 2015, o Eagles of Death Metal se apresentava no Bataclan, perante cerca de 1.500 espectadores, quando um grupo de jihadistas entrou na sala de espetáculos e abriu fogo contra a plateia, matando 90 pessoas, entre as quais o agente comercial da banda, Nick Alexander, e três membros da produtora.

No início de dezembro, cerca de um mês após os atentados, os músicos do grupo de rock regressaram a Paris e depositaram uma coroa de flores em frente à sala de espetáculos Bataclan, para homenagear os 90 mortos no ataque terrorista.

A banda também participou de um dos concertos que a banda irlandesa U2 deu na capital francesa. Os atentados de 13 de Novembro em Paris foram reivindicados pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) e deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos.

AS/lusa/afp/ots

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