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Votação de reforma da saúde é adiada nos EUA

24 de março de 2017

Prevendo derrota na Câmara, líderes republicanos decidem postergar votação de proposta que pretende derrubar o chamado Obamacare. Trump não conseguiu angariar apoio suficiente dentro do próprio partido, relata imprensa.

USA Kapitol House of Representatives Washington
Foto: AP

Diante da falta de apoio dentro do próprio partido, os líderes da maioria republicana na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira (23/03) adiar a polêmica votação sobre a reforma do sistema de saúde americano, horas antes que ela ocorresse.

Com intuito de substituir a lei aprovada pelo ex-presidente democrata Barack Obama, conhecida como "Obamacare", a proposta diminui o papel do governo em ajudar os cidadãos a arcar com os custos dos planos de saúde e poderá deixar milhões de americanos sem assistência médica.

"Vamos continuar debatendo porque não temos os votos suficientes. Estamos considerando a situação", disse Mark Meadows, presidente da bancada conservadora Freedom Caucus, relutante sobre o projeto. "Houve progressos, mas precisamos ter certeza de que não se trata apenas de uma promessa de campanha e que realmente diminuirá os custos para todos os americanos."

Em entrevista à televisão na tarde desta quinta-feira, o líder da maioria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, afirmou que os deputados devem dar início à votação da proposta nesta sexta-feira.

Para ser aprovada na Câmara e avançar para o Senado, a chamada Lei Americana de Assistência Médica pode contar com no máximo 22 deserções entre os republicanos, considerando que os deputados democratas, minoria na Casa, estão unidos para impedir a revogação do Obamacare.

Havendo mais do que esses 22 votos contrários de republicanos, a reforma apoiada pelo governo Donald Trump sofrerá sua primeira derrota legislativa. Segundo a imprensa americana, o presidente passou horas em telefonemas e reuniões tentando convencer membros dissidentes do partido.

Mais cedo nesta quinta-feira, Obama defendeu sua reforma de saúde. "Graças a esta lei, mais de 20 milhões de americanos ganharam a segurança e a paz de espírito do seguro de saúde. Graças a esta lei, mais de 90% dos americanos estão segurados – a taxa mais alta em nossa história", afirmou.

EK/afp/efe/lusa/rtr/ots

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