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'We'... o quê?!

27 de setembro de 2010

Ele já se chamou "WePad" e teve um primeiro lançamento em abril: uma firma sediada em Berlim está lançando o tablet computer WeTab, com 11,6 polegadas e 16-32 GB.

WeTab já se chamou WePadFoto: Picture alliance/dpa

O WeTab, concorrente alemão do iPad da gigante de informática Apple, entrou no mercado do país nesta segunda-feira (27/10). Contra os 3 milhões de unidades já vendidas pela empresa de Steve Jobs, o diretor executivo da WeTab, Tore Meyer, espera, até o final do próximo ano, ter encontrado algumas centenas de milhares de compradores para o seu tablet computer.

Enfim: é Davi enfrentando Golias. Quem acredita já ter ouvido nome semelhante, tem toda razão: em abril último, o produto já fora anunciado na Alemanha com grande alarde. Só que então sob a provocadora designação "WePad".

Maior, mais pesado, mais barato

Helmut Hoffer, diretor da Neofonie, criadora do nunca lançado WePadFoto: AP

Segundo os fabricantes, o segundo batismo ocorreu para "destacar o produto ainda mais no mercado internacional de tablets". Outras fontes, porém, citam pressão da própria Apple, por questões de direito de marca.

Na época, a firma responsável era a berlinense Neofonie, de Helmut Hoffer, que nesse ínterim se uniu à 4tiitoo de Munique para formar a empresa WeTab. O apoio de hardware e a logística ficam por conta da fabricante Medion.

Pesando 995 gramas e com um monitor interativo (touch screen) de 11,6 polegadas, o WeTab é consideravelmente maior do que o iPad (680 gramas e 9,7 polegadas). Ele utiliza um processador Intel Atom e o sistema operacional MeeGo, da Linux, também adotado pela Nokia.

Seu preço está um pouco abaixo do do grande concorrente: a versão básica, com 16 gigabytes de memória flash, custa 449 euros; a com 32 gigabytes e suporte de telefonia celular, 569 euros.

Elegância e panes

O concorrente alemão da AppleFoto: AP

Apesar dos louvores à sua ergonomia e à interface bem projetada, o WeTab também recebeu críticas já no lançamento. Pois faltam funções anunciadas – como o multi touch, que permite operar a tela com dois dedos – programas como o OpenOffice ou o leitor de e-books FBReader não são totalmente compatíveis com a concepção do computador.

Além disso, apesar de ele dispor de duas entradas USB, não é possível copiar documentos para um flash drive. O diretor técnico Stephan Odörfer admite: "Ainda há definitivamente o que fazer". Ainda esta semana deverá sair uma versão atualizada do sistema operacional, suprindo as funções que faltam. Ele acrescenta: "Nós já nos ocupamos há três anos e meio com o tema tablet computer.

Até o momento, o site "WeTab Market" só oferece programas grátis. O fabricante promete que "ativaremos o sistema de pagamento para aplicativos nos próximos dias. Enquanto isso, os compradores podem ir se distraindo com a amostra de um e-book no WeTab: Ich bin dann mal offline ("Então vou me desconectar", em tradução livre), de Christoph Koch.

Seja como for, este parece ser só o início de um boom dos tablet computers, já que há meses há boatos sobre o lançamento de modelos pela Blackberry e pela Sony.

AV/dpa/ots
Revisão: Roselaine Wandscheer