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Wilders anuncia acordo para novo governo holandês de direita

15 de maio de 2024

Apelidado de "Trump holandês", ultradireitista venceu as eleições ao Parlamento com discurso antieuropeu e islamofóbico, mas não conseguiu se impor como primeiro-ministro. Coalizão tem outros três partidos de direita.

Um homem loiro cercado por microfones fala a repórteres
O político holandês de ultradireita Geert WildersFoto: Sem van der Wal/ANP/IMAGO

O ultradireitista Geert Wilders anunciou nesta quarta-feira (15/05) ter chegado a um acordo com partidos de direita na Holanda para a formação de um governo de coalizão sob a liderança de um novo primeiro-ministro – quem, isso ainda é incerto, mas Wilders disse que não deve assumir o cargo por ser considerado radical demais.

"Discussões sobre [quem será] o primeiro-ministro acontecerão posteriormente", disse ele a jornalistas.

O anúncio vem quase seis meses depois de o Partido da Liberdade (PVV), de Wilders, sagrar-se vencedor nas eleições ao Parlamento com um discurso abertamente antieuropeu e islamofóbico – incluindo a promessa de banir o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, e seus templos. Por causa de sua retórica, o líder foi apelidado de "Trump holandês".

A sigla obteve 37 assentos no Parlamento de 150 cadeiras, derrotando a aliança de esquerda de Frans Timmermans, com 25 assentos. Mas diante do altamente fragmentado sistema político holandês, onde nenhum partido é suficientemente forte para governar sozinho, o PVV não havia sido capaz de formar um novo governo até então por falta de consenso com os direitistas BBB, do setor agropecuário, o liberal VVD e o NSC, uma nova legenda com foco no combate à corrupção.

"Não esqueçam: eu serei primeiro-ministro da Holanda um dia. Com o apoio de ainda mais holandeses", disse Wilders em março, após fracassar no seu intento de liderar o governo e anunciar a desistência do cargo. A coalizão, porém, ainda deve ser encabeçada pelo partido dele.  

Na União Europeia, partidos populistas de direita já integram ou lideram governos na Itália, Hungria, Eslováquia, FinlândiaCroácia, e estão de olho nas eleições ao Parlamento Europeu, daqui a três semanas.

Ex-ministro trabalhista cotado para o cargo

O atual primeiro-ministro holandês é Mark Rutte, do VVD. Ele é favorito ao comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo a agência de notícias AFP, o novo governo holandês, uma coalizão de quatro partidos, pode ser liderado pelo ex-ministro da Educação e do Interior Ronald Plasterk.

Plasterk, que integra o partido trabalhista PvdA, ajudou a mediar as negociações para a formação do novo governo. Caso ele de fato venha a assumir o governo, deve migrar para o PVV de Wilders.

ra (AFP, dpa, ots)

 

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