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SaúdeChina

Xangai alivia lockdown após dois meses

31 de maio de 2022

Cidade chinesa de 25 milhões de habitantes começou a reabrir comércio e permitir circulação da maior parte da população. Mas cerca de meio milhão de pessoas ainda permanecem sob bloqueio em algumas regiões da cidade.

Xangai
Moradores saíram às ruas após alívio nas restriçõesFoto: Aly Song/REUTERS

O regime draconiano de lockdown contra a covid-19 em Xangai, principal centro econômico da China, foi parcialmente encerrado à meia-noite desta quarta-feira (01/06, no horário local) após dois meses.

A maioria dos 25 milhões de moradores de Xangai agora pode sair livremente de casa, voltar ao trabalho, utilizar o sistema de transporte público e dirigir seus carros. Na terça-feira as autoridades já começaram a retirar as barreiras físicas que foram instaladas na cidade para impedir a circulação.

O porta-voz do governo chinês, Yin Xin, celebrou o fim das restrições. "Todo mundo se sacrificou muito. Este dia foi duramente conquistado, e precisamos apreciá-lo e protegê-lo. E receber de volta a Xangai que conhecemos e sentimos falta", declarou o porta-voz do regime chinês, Yin Xin.

No entanto, a política de "covid zero" do regime chinês ainda deve seguir parcialmente em vigor na cidade. Habitantes que forem infectados pelo coronavírus continuarão a ser obrigados a fazer quarentena em hospitais.

Além disso, mais de meio milhão de habitantes de Xangai ainda vão continuar sob lockdown – 190 mil que ainda estão em áreas de bloqueio, e mais de 400 mil que estão em zonas que registraram casos recentes.

Para mais de 20 milhões de pessoas, no entanto, a vida cotidiana poderá retomar vários aspectos da normalidade. Escolas serão reabertas parcialmente, para os dois últimos anos do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.

Shoppings, supermercados, lojas de conveniência e drogarias vão reabrir gradualmente, mas só poderão receber 75% da capacidade. Cinemas e academias de ginásticas permanecerão fechados até segunda ordem.

A cidade reportou 22 novos casos de transmissão doméstica assintomática na segunda-feira, abaixo da marca de 61 do dia anterior.

À meia-noite, pequenos grupos se reuniram no bairro da antiga Concessão Francesa e assobiaram, gritando "proibição suspensa!" e brindando com taças de champanhe.

Mais cedo, as ruas estavam animadas, com moradores fazendo piqueniques nos gramados e crianças passeando com suas bicicletas nas avenidas sem carros.

A Disneylândia de Xangai, que ainda não anunciou sua data de reabertura, transmitiu um show de luzes para celebrar "a suspensão do lockdown em Xangai".

A experiência de Xangai se tornou um símbolo do que alguns criticam como a insustentabilidade da política de tolerância zero da China contra a covid-19, que busca interromper toda cadeia de transmissão do vírus a qualquer custo, mesmo enquanto a maior parte do mundo tenta voltar ao normal apesar da continuidade das infecções.

jps (Reuters, AFP, ots)

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