Zelando pela própria segurança
20 de maio de 2003A internet ainda não se tornou território para uma navegação segura e, como nada mudou neste sentido nos últimos tempos, os usuários alemães tomaram a iniciativa de cuidar da própria segurança na web. Esta é uma das conclusões possíveis dos resultados da pesquisa do instituto Emnid, encomendada pelo Ministério da Economia e pela AOL Deutschland e divulgada nesta terça-feira em Berlim.
Dois terços dos 499 entrevistados consideram a internet insegura e somente 20% acham que a situação vem melhorando. Quase a metade (46%) não vê mudanças neste sentido e 65% declararam já ter tido más experiências na rede mundial, principalmente com o recebimento de mensagens publicitárias e similares (28%).
"Spams enervam e são um perigo", diz Marc-Sven Kopka, da AOL, na apresentação dos resultados da pesquisa. Também já aborreceram os usuários a contaminação de seus computadores por vírus (17%) e a instalação não autorizada de discadores automáticos para números de telefone com tarifa acima da normal (13%).
Segurança é mais importante que preço
Diante deste quadro, a maior parte (80%), sobretudo das mulheres, considera hoje segurança o principal critério para a escolha de um provedor. Entre os homens (85%), no entanto, a estabilidade da conexão é mais importante. O preço vem em terceiro lugar para ambos.
Da mesma forma, os usuários avaliam como tarefa própria (46%) cuidar de sua segurança na internet, enquanto 36% acham que os provedores e 32% os responsáveis pelos sites têm esta missão. As mulheres têm opinião diferente dos homens. Para elas, usuários e sites possuem a mesma cota de responsabilidade. Na média, o governo aparece em quarto lugar, mas o sexo feminino espera mais ação por parte das entidades nacionais e internacionais afins ao tema.
Antivírus versus back ups
As medidas de segurança mais conhecidas são a realização de cópias de segurança (73%), a utilização de antivírus (71%) e a codificação de informações confidenciais (71%). A segunda opção é, entretanto, a mais utilizada (76%), segundo os usuários, seguida dos dois outros mecanismos (57%). Haveria entretanto uma diferença de hábitos conforme o sexo. De acordo com a pesquisa, os homens recorrem aos antivírus muito mais do que as mulheres, enquanto estas fazem mais back ups.
A pesquisa aponta ainda que 66% dos entrevistados não acreditam que o melhor software de segurança na internet seja capaz de substituir a competência e a sensatez de um usuário. Curioso notar também que, embora 66% considerem a web insegura, apenas 31% declararam não ficar tranqüilos ao fazer compras online e realizar homebanking. Mesmo percentual acha exagerado o medo de navegar na internet e 39% não estão dispostos a pagar mais para ter mais segurança na rede mundial.