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Zona do euro volta a registrar inflação negativa

30 de janeiro de 2015

Índice alcança mínimo histórico de -0,6%. Influenciada pela baixa do petróleo, queda dos preços pelo segundo mês consecutivo aumenta temores quanto a uma deflação.

Symbolbild Europa Deutschland Inflation
Comissão Europeia diz que queda de preços não implica "inflação de verdade"Foto: picture-alliance/dpa

A inflação na zona do euro registrou queda recorde de 0,6% em janeiro, na comparação anual, divulgou o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) nesta sexta-feira (30/01).

O índice inflacionário de -0,6% vem na sequência do de -0,2% registrado em dezembro. Assim, aumentam os temores quanto a uma deflação no bloco europeu, que acontece somente quando a inflação se mantém negativa por um período de tempo prolongado.

Apesar do segundo mês consecutivo de inflação negativa, a Comissão Europeia afirma que os números divulgados nesta sexta-feira não implicam "uma deflação de verdade", já que a inflação negativa foi ocasionada por fatores externos, como os preços do petróleo e dos alimentos.

"Entre os sinais de uma deflação está também a redução de investimentos e do consumo privado", afirma o economista-chefe do Postbank, Marco Bargel. "Não vemos isso acontecer nem na Alemanha nem na Europa. Pelo contrário", disse o especialista após a divulgação do índice inflacionário alemão nesta quinta-feira.

A taxa de inflação na zona do euro divulgada nesta sexta-feira embasa o programa anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) na semana passada. O banco pretende injetar mensalmente 60 bilhões de euros na economia da zona do euro através da compra de títulos de governo, na tentativa de conter uma possível deflação. A meta é manter a inflação da zona do euro pouco abaixo dos 2%.

Desemprego recorde

Além da inflação, a taxa de desemprego também caiu na zona do euro, indicando uma recuperação conjuntural. Em dezembro do ano passado o índice ficou em 11,4%, o menor registrado desde 2012, anunciou o Eurostat nesta sexta-feira.

Fora os 18 países da moeda comum europeia, nos outros dez países da União Europeia, também houve notícias positivas: a taxa de desemprego caiu para 9,9%, a menor registrada desde outubro de 2011.

CA/rtr/dpa/dw