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Zuckerberg publica manifesto em prol de "comunidade global"

17 de fevereiro de 2017

Criador do Facebook defende a globalização e apresenta estratégias para o futuro da rede social, cada vez mais acusada de permitir a disseminação de notícias falsas e estimular a polarização.

Manifesto foi publicado na página de Zuckerberg no Facebook
Manifesto foi publicado na página de Zuckerberg no FacebookFoto: Getty Images/J. Sullivan

Promover uma comunidade global, evitar o isolamento e combater conteúdos enganosos são as novas metas do Facebook, segundo um manifesto em tom messiânico publicado por seu criador, Mark Zuckerberg, em resposta às críticas à plataforma, que tem quase 2 bilhões de usuários. Nos últimos anos, a rede social se tornou um espaço para a propagação de notícias falsas, disseminação do ódio e polarização.

No manifesto de cerca de 5,8 mil palavras, Zuckerberg, de 32 anos, reconheceu que a plataforma abriga informações errôneas e conteúdo enganoso e afirmou que estão sendo tomadas medidas para reduzir o número de notícias sensacionalistas. Ele ressalvou, porém, que o foco da rede social não estará em banir informação errada, mas em oferecer outras perspectivas. O Facebook enfrenta pressões de governos que exigem que a plataforma se responsabilize por conteúdos publicados por usuários e combata a propagação de notícias falsas.

"Nosso objetivo precisa ser ajudar as pessoas a ver a imagem completa e não apenas alternar perspectivas. Precisamos tomar cuidado sobre como faremos isso. Pesquisas mostram que algumas das ideias mais óbvias, como apresentar um artigo pela perspectiva oposta, na verdade aprofunda a polarização ao marcar outras perspectivas como externas", destacou Zuckerberg, no manifesto publicado nesta quinta-feira (16/02).

No documento intitulado Construindo uma comunidade global, Zuckerberg afirmou que, ao redor do mundo, há pessoas deixadas para trás pela globalização e movimentos que defendem a exclusão da conexão global, sem citar grupos específicos. "Em tempos como estes, a coisa mais importante que o Facebook pode fazer é desenvolver uma infraestrutura social que dê às pessoas o poder de construir uma comunidade global que funcione para todos", disse.

Leia mais: Qual o verdadeiro peso das notícias falsas?

O manifesto apresentou cinco estratégias de como a rede social pretende fomentar a inclusão, contribuir para uma sociedade mais informada, fazer do mundo um lugar mais seguro, fortalecer instituições e aumentar o engajamento social e político. "O Facebook não tem todas as respostas, mas estou convencido de que podemos desempenhar um papel", ressaltou Zuckerberg.

"Problemas como o terrorismo, os desastres naturais, doenças, crise dos refugiados e as mudanças climáticas precisam de respostas coordenadas e globais. Nenhuma nação poderá resolvê-los sozinha", afirmou Zuckerberg, acrescentando que a rede social pode contribuir para solucionar essas questões, por meio da inteligência artificial.

"Minha esperança é que cada vez mais pessoas se comprometam em longo prazo a construir infraestruturas sociais para unir a humanidade", disse o fundador da plataforma. Segundo ele, a ideia é reforçar os laços de comunidades físicas e promover a participação política e social. Para Zuckerberg, o Facebook pode ter um impacto positivo no mundo, fortalecer o consenso, reduzir a dissonância e o isolamento.

CN/rtr/efe/ap/afp

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