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Zum Wohl

mw11 de julho de 2003

Vinicultores alemães têm o que comemorar. Exportações de vinhos Made in Germany aumentaram 5,6% e as perspectivas para próxima safra são boas.

Parreiral em Radebeul, SaxôniaFoto: AP

Enquanto as exportações alemãs caminham a passos lentos, os exportadores de vinho do país podem levantar suas taças para saudar o aumento de 5,6% em seus negócios entre abril de 2002 e março passado. Segundo o Instituto Alemão do Vinho, a venda da bebida para o exterior rendeu 377 bilhões de euros no período.

O motor deste incremento fica do outro lado do Atlântico. Apesar da crise política entre Washington e Berlim e de todas as notícias de boicote a produtos alemães, os americanos aumentaram em 36% sua contribuição para o caixa dos exportadores dos Riesling & Cia. Os Estados Unidos permanecem, entretanto, apenas como o segundo maior importador de vinhos germânicos.

Liebfraumilch perde consumidores

– Seu maior aliado político, a Grã-Bretanha, é quem lidera o ranking de principal mercado no exterior. O faturamento das vendas aos britânicos representa 36% do total, mas sofreu uma retração de 10% entre abril de 2002 e março de 2003. A razão está na contínua queda da demanda por vinhos doces baratos. Ex-sucesso de vendas, o Liebfraumilch só tem tido receptividade junto ao público idoso.

Redução também foi sentida no Japão, o mais importante mercado asiático para a bebida de uvas da Alemanha, sexto maior produtor e sétimo exportador de vinho do mundo (dados de 2000). As perspectivas na terra do saquê são, entretanto, boas para o segmento de vinhos clássicos secos, assim como na Bélgica e na Holanda. Na Escandinávia, o produto alemão segue com boa penetração, mas vem sofrendo com a moda dos tipos tintos.

Marketing e boa safra

– Para sustentar os bons negócios, os exportadores vão manter sua política de publicidade concentrada nos oito principais países importadores dos vinhos alemães. Além da Grã-Bretanha e dos EUA, fazem parte do grupo a Holanda, o Japão, a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca e a Suécia. Em breve, podem vir a fazer parte deste público-alvo a Rússia e a Polônia. A China dificilmente chegará a este ponto, pois está desenvolvendo sua própria produção vinícola. O Brasil aparece na modesta 20ª colocação no ranking de compradores do ano 2000.

Também pode contribuir para a ascensão do vinho germânico no mercado internacional a qualidade da próxima safra. Ainda é cedo para comemorar, pois o verão europeu mal começou e, até a colheita em setembro e outubro, São Pedro ainda pode aprontar surpresas, mas o mês de junho excepcionalmente ensolarado animou os vinicultores.

Poucos estragos com temporais

– Não só na Alemanha, mas nos principais países produtores de vinho da Europa, o mês passado foi, no mínimo, o mais quente dos últimos 50 anos. E isto depois de em maio ter chovido além do normal. A combinação climática acelerou o desenvolvimento das parreiras em duas semanas em média. Em algumas regiões, o florescimento ocorreu com até quatro semanas antes do normal.

É verdade que o calor de junho trouxe consigo uma onda de temporais quase diários, com inundações e chuva de granizo. Os estragos às plantações, no entanto, foram localizados e não devem afetar a colheita como um todo. A região de Württemberg foi a mais atingida na Alemanha.

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